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sexta-feira, 15 de maio de 2009

AMAXON

Como um estreante, estou assombrado com a perspectiva que se esboça, daqui pra frente, para a realização plena do meu trabalho, na sua ultima etapa, que é exibir da melhor maneira possível o meu novo filme.
Faz trinta e quatro anos que passo por esse sufoco que é de tornar público as mais íntimas loucuras do ser, ou do não ser, de meus personagens. Essa dúvida eterna está exposta em toda a minha obra de arte cinematográfica. Digo que é arte porque o meu cinema é profanador. Coisa de difícil entendimento para o espectador comum. Nunca fiz um filme onde os personagens representassem cenas comuns, realistas. Retratei muitos personagens de nossa história, mas nunca me prendi as suas biografias, aos fatos comuns de suas vidas. Eu quero é achar, através do texto fílmico, mais do que a imagem, o momento certo, o que foi importante, o desafio poético de uma nova estética para um novo homem, que surgirá dali, da tela. Desta matéria fósmea, como é o filme apresentado ao espectador, por metáforas, por citações, pelas artes, plásticas e cinematográficas; por tudo aquilo que tinha por opção a vanguarda e o novo; do inaudito enredo, onde o conhecer é desvendar os mistérios das palavras e os seus significados, surgirá o belo, a síntese, a imagem de cinema, o entendimento completo daquilo que está sendo apresentado nesta cena armada na grande mesa de jantar, como peças de um grande jogo, um mosaico de fragmentos preciosos, que devem construir uma imagem final, definitiva e única, do que se quis dizer. Assim é AMAXON!
O que terei de fazer para exibir meu novo filme/digital, poético, autoral, de produção independente, que acabei de finalizar e acho que ficou muito bom?

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